terça-feira, 2 de dezembro de 2014



Fui à Los Angeles vindo de São Francisco e como toda a viagem foi feita meio às pressas, dei bobeira e não comprei a passagem com antecipação. Descobri quando já estava em São Francisco mesmo que há trem ligando as duas cidades mas nessa hora a passagem de avião já estava mais barata do que a de trem. A distância entre as duas cidades é de mais de 600 km mas pra quem tem tempo eu recomendaria uma viagem de carro passando pela icônica Highway 1. Quem sabe na próxima...

Pose com o letreiro de Hollywood ao fundo
Cheguei à Los Angeles e peguei uma van para o meu albergue, Banana Bungalow, que fica em West Hollywood e próximo à grande parte das atrações da cidade. A localização é importante porque LA, como dizem por lá, é conhecida pelos seus engarrafamentos. O metrô da cidade vem crescendo despercebido porém ainda é pequeno e cobre poucos lugares, principalmente levando em conta os pontos turísticos. A diária do albergue saiu mais ou menos U$30 em um quarto com 6 pessoas. Meio carinho mas valeu a pena porque além da localização, o Banana Bungalow é bom pra socializar, algo muito importante para quem viaja sozinho. Recomendo bastante.

Aproveitei a tarde do meu primeiro dia em LA para conhecer alguns lugares próximos ao hotel, que dessem pra ir caminhando. Há mais ou menos 3 km ficava a Calçada da Fama na Hollywood Boulevard e a 1 km mais ficava o Teatro Chinês, antigo Teatro Kodak. Procurei alguns nomes conhecidos pela Calçada da Fama, porém a quantidade de nomes é gigante. Pelo que li há mais de 2500! Outro fato interessante é que não basta ser famoso, os escolhidos tem que pagar cerca de U$30,000 para colocar o seu nome lá! O que mais vi eram nomes completamente desconhecidos pra mim. Apenas no Teatro Chinês eu vi alguns nomes conhecidos, como Sylvester Stallone, Will Smith e Burt Reynolds.

Teatro Chinês à noite

Além dos nomes eternizados na calçada, outro ponto legal da Hollywood Boulevard é que o lugar é uma espécie de zoológico. Tem de tudo mesmo! Muitos restaurantes, lojas de souvenirs, estúdios de tatuagem e vários cabarés, com todo tipo de gente trafegando: uma profusão de engravatados, punks, mendigos e turistas, muitos turistas dos EUA e também de todos os cantos do mundo. Acabei jantando ali pela região mesmo. Estava nos EUA e com vontade de comer no Hooters, que não visitava já fazia alguns anos e minha camiseta de lá já estava bem desbotada. Acabei indo ao da Hollywood Boulevard e assistindo a um jogo por lá.

Calçada da Fama

O dia seguinte era Ação de Graças. Aliás, minha terceira vez passando esse feriado nos EUA e eu ainda não havia aprendido a lição. Pra quem não sabe, praticamente tudo fecha no país durante a Ação de Graças. É mais ou menos como nosso reveillon! Na minha primeira vez, em 2006, eu não tinha comida no alojamento da faculdade e por sorte achei um sushi em algum mercadinho de esquina. Na segunda vez, em 2008, eu tinha por sorte uma pizza congelada na minha geladeira que acabou sendo dividida para durar para almoço e janta. E nessa terceira vez, em LA, tive que me virar com uma bolachas que achei em um mercadinho. E o que mais me desanimou é que eu tinha poucos dias em LA, e no feriado de Ação de Graças não daria pra fazer muita coisa. Voltei à Hollywood Boulevard, que no dia anterior pipocava de guias turísticos vendendo passeios pela cidade e não achei praticamente nada. Apenas um guia meio desanimado. Fui falar com ele que por sua vez me ofereceu um pacote com dois passeios pela cidade. Como não tinha outra opção, acabei aceitando.

Hollywood Boulevard à noite

O primeiro passeio foi mais interessante. Saía durante a manhã e voltava durante o almoço, passando por vários bairros e lugares icônicos da cidade, como: Hollywood com direito à foto com o famoso letreiro, Beverly Hills e Rodeo Drive, Sunset Strip, Melrose Avenue e também alguns bares como Rainbow Bar e Viper Room. E o legal é que cada um desses lugares tem muita história pra contar. Cada rua, café e loja tinham sido cenário de algum filme ou série que eu conhecia. Nada na indústria do entretenimento acontece sem ter sido planejado. Os bares também tinham suas histórias, que eram recheadas de roqueiros famosos envolvidos em bebedeiras homéricas e overdoses. Seria mais legal se houvesse mais alguém pra compartilhar, mas éramos só eu e o guia! Rs! Não deu nem pra ser mão de vaca na hora da gorjeta... rs!


Um dos poucos estúdios que restou: Paramount

O segundo passeio foi totalmente desnecessário e ponderei várias vezes se deveria fazê-lo. Minhas opções eram ir ou voltar para o albergue para ler na cama. Acabei aceitando porém não me orgulho muito disso! O passeio era para conhecer os lugares onde funcionaram alguns estúdios de cinema e também casas de alguns artistas. E o pior é que acabei descobrindo que praticamente todos os estúdios de cinema se mudaram de LA buscando lugares mais baratos e com mais benefícios fiscais. Pois é, não me orgulho muito disso e foi um passeio completamente esquecível. Mas bem, melhor do que ficar no hotel e ao menos tinha mais gente participando desse.


Vista de LA desde o norte da cidade

Após tanto passeio, voltei ao albergue e conheci um brasileiro. Como nem eu e nem ele havíamos conversado com nenhum compatriota já fazia um tempo, decidimos ir à um bar, tomar umas cervejinhas e comer alguma coisa. Na hora de pagar a conta fiz algo que é bem comum por lá, entreguei o meu cartão à garçonete. Mal sabia eu que algumas semanas depois meu cartão seria clonado e tudo levava a crer que foi lá! De volta ao hotel, descobri que havia uma festa no albergue. E o formato da festa era bem interessante. Como eles não tinham licença para vender cerveja, eles na prática davam a cerveja e a pessoa dava gorjeta aos garçons. Eu só tinha uma nota de U$50 e como o valor era muito, acabei bebendo de graça à noite inteira! O que não gostei é que como é típico por lá, a festa acabou bem cedo, com direito à polícia para garantir que a festa acabaria mesmo.

O próximo dia era meu último nessa curta passagem por LA e acordei numa ressaca daquelas! Acabei não conseguindo aproveitar muito e fiquei pelo albergue, batendo um papo com o pessoal que havia conhecido na noite anterior. Faltou muito a explorar por LA e acabei descobrindo que não é uma cidade legal pra se visitar sozinho. Espero voltar no futuro e conhecer as praias!

Califórnia e Key West - Parte 3 - Key West

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