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Na geleira Vatnajökull |
Acordamos cedo e fomos ao parque Vatnajökull. Há um centro de informações na entrada, com mapas e informações das trilhas. A trilha mais longa, S3, estava fechada nessa época do ano. Começamos pela trilha S1, que nos levava à geleira com o mesmo nome do parque. Vatnajökull é a maior geleira da Europa. Aproveitamos para caminhar um pouco pela geleira. Não tínhamos capacete e nem cravos, apenas as botas de caminhada mesmo, o que tornava a atividade (um pouco) perigosa. Por conta disso, percorremos moderadamente. Foi bem legal, rimos pra caramba, tiramos muitas fotos e aproveitamos pra fazer um lanche sentados na geleira!
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Mapa do Leste da viagem |
Fizemos também a trilha S2, um pouco mais longa. Passando por algumas cachoeiras, inclusive uma bem legal com formato de órgão de igreja. Gostaríamos de ter feito os passeios nas cavernas de gelo, mas, infelizmente, também não acontecem nessa época do ano e ficou para a próxima.
Cachoeira da trilha S2 em Vatnajökull |
Durante o retorno, passamos por Jökulsárlón, que é um pequeno lago formado pelo degelo de uma língua da geleira. O lugar é incrível com o lago (que não é exatamente um lago) se conectando ao mar. De lá, dá para ver os icebergs indo ao mar e muitas focas nadando. Tiramos fotos e mais fotos e ficamos um bom tempo, apenas, apreciando esse lugar tão especial!
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Icebergs que chegaram à praia em Jökursárlón |
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Icebergs em Jökursárlón |
Depois de outro dia incrível pela Islândia, voltamos ao hotel. A noite pareceu menos nublada do que todas as anteriores. Então, eu e a Rocio, decidimos caçar a Aurora Boreal. A Marina e a Gabriela estavam bem cansadas e acabaram ficando. Um dos apps que eu usava dizia que, aparentemente, o céu deveria estar limpo a 30 km do hotel. O problema é que quanto mais dirigíamos, mais nevava. Após poucos quilômetros, decidimos voltar, pois dirigir durante a madrugada e nevando - como estava - não nos pareceu uma boa ideia.
No dia seguinte, continuou nevando uma neve, bem fina, e aproveitamos para fazer outra trilha que também está na área do parque Vatnajökull, mas que começava exatamente atrás do hotel. Caminhamos, mais ou menos, três horas pela trilha que nos levou a outra língua da mesma geleira. Acabei subindo e caminhando um pouquinho pela geleira, as meninas não animaram e aproveitaram para tirar fotos e descansar.
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Geleira atrás de Skálafell Guesthouse |
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Em Höfn |
Em seguida, fomos até o destino final do dia, a cidade de Seydisfjordur, com 600 habitantes, no meio de um fiorde incrível com vista de tirar o fôlego. O caminho até lá passava pelas montanhas. Surpreendentemente, a estrada estava aberta apesar da imensa quantidade de neve. Fiquei imaginando a quantidade de neve necessária para que a feche. Durante o caminho, a temperatura baixou. Enquanto subíamos, chegou a -7º C com sensação, consideravelmente, mais baixa. Nesse momento, entendi porque é obrigatório pneu para neve e tração nas quatro rodas. Sendo que, durante os próximos dias, teríamos quase sempre a tração ligada. Passamos o final da tarde no vilarejo e o caminhamos todo em, mais ou menos, meia hora. O mais surpreendente é que apesar da minúscula população, havia muitos ateliês de arte e escolas de música.
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Pitoresca cidade de Seydisfjordur |
Nevou a noite toda, o que nos deixou preocupados para atravessar a montanha durante a volta no dia seguinte. Imagino que as máquinas devem limpar a pista, com certa frequência, porque passamos sem problemas. O próximo objetivo era chegar às cachoeiras Selfoss e Detifoss. Dirigimos até a entrada e depois fizemos duas trilhas bem curtas para chegar até as cachoeiras. Toda a neve e gelo acabaram por criar um clima ainda mais legal ao lugar. Acabamos lanchando por lá mesmo, tirando a neve das mesas e comendo nosso, quase diário, sanduíche.
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Detifoss |
Após visitar as cachoeiras, seguimos até nosso destino final, a cidade de Reykjahlid. No caminho, ainda, passamos por outros gêiseres, que estão a poucos quilômetros da cidade. Nosso plano, era fazer o check-in em nossa pousada, Eldá Guesthouse, e seguir às águas termais de Myvatn. Nós não havíamos ido às águas termais mais conhecidas da Islândia - Blue Lagoon, próxima à Reykjavík - justamente para ir à Myvatn Nature Baths. Imagino que Blue Lagoon seja melhor, mas Myvatn é bem mais barata, cerca de metade do preço. Custou 3800 coroas islandesas (U$35) por pessoa. Ficamos de bobeira na água por umas três horas. Do lado de fora, fazia zero grau, o que transformava qualquer caminhada, de uma piscina para a outra, em aventura!
Terminamos a noite comendo uma iguaria que encontramos no supermercado local, carne de baleia defumada! Hahahahaha! Coisas da Islândia! Islândia - Parte 3 Final - Norte com direito à aurora boreal |