Trilha para o vulcão Hverfell, passando por Dimmuborgir |
Após assisti-las, voltamos ao lago Myvatn e fizemos algumas trilhas pela região. A mais legal foi ao vulcão Hverfell. Há duas trilhas que levam ao seu cume. Uma fácil - com menos inclinação, porém mais longa - e outra difícil. Escolhemos a difícil e o último trecho foi, realmente, pesado. A inclinação era bem pronunciada e nos custou um pouco. Desde o cume, vimos a cratera do vulcão e também toda a região de Dimmuborgir. De acordo com as lendas Islandesas, lá vivem os treze irmãos que encarnam a figura do Papai Noel na cultura islandesa. Eles são bem bagunceiros e filhos de dois trolls. Durante o natal, as crianças colocam os sapatos na janela. Dentro dos sapatos dos que se comportam bem estão presentes, já dos que se comportam mal há uma batata! E alguns dias antes do natal, os irmãos vão nadar nas águas termais de Myvatn Nature Baths.
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Vulcão Krafla |
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Myvatn |
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No cume do Hverfell |
No dia seguinte, acordamos cedo, pois teríamos de dirigir muito. Algo que eu não mencionei é que passamos por várias locações onde foi filmada a série Game of Thrones, inclusive o vulcão Hverfell, do dia anterior. A próxima locação que conferimos, foi a caverna onde Jon Snow e Ygritte têm uma tórrida cena de amor, chamada Grjotagja. A caverna é bem pequena e fazia bastante frio, -6° C. Mas, a água lá dentro é termal e está a 46° C. Depois de passar pelo local reassistí à cena no Youtube e vi que o lado de fora da caverna era exatamente igual, mas o lado de dentro foi bem alterado na série.
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Nosso roteiro pelo Norte da Islândia |
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Nosso roteiro pelo Norte e Oeste da Islândia |
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Cachoeira Godafoss |
Em seguida, paramos em Glaumbær, que é um museu com as típicas casinhas com relva no telhado. O museu era, muito bem, recomendado pelo Trip Advisor para entender como os islandeses viviam antigamente antes, da calefação à gás e outras modernidades. Porém, ao contrário do que dizia o site, o museu estava fechado para o dia. Então, apenas vimos as casas do lado de fora.
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Glaumbær |
A próxima parada foi na linda Akureyri. Achei até engraçada, pois essa é a segunda maior cidade da Islândia com uma população de 18 mil habitantes (rs!). Os outdoors diziam "Akureyri - a capital do Norte da Islândia". A cidade era bem bonita e aproveitamos para caminhar um pouco e tirar algumas fotos.
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Igreja de Akureyri |
O destino final do dia foi Borgarnes. A cidade também é linda, com casas coloridas e à beira-mar. Aproveitamos para conhecer The Settlement Center, atração número #1 no Trip Advisor. O museu era bem legal e custou 2500 coroas islandesas (U$ 24) por pessoa. Havia duas exposições, uma sobre a colonização da Islândia e outra das sagas, que são as epopeias vividas pelos heróis islandeses.
No albergue em que ficamos, Englendingavík, havia para nossa surpresa uma jacuzzi e relaxamos um pouco por lá até por volta das 21h. Todos os dias, religiosamente, eu pesquisava, usando vários apps distintos, as chances de ver a aurora boreal durante a noite. Praticamente em todas as noites anteriores, as chances eram quase zero, já que estava sempre nevando ou chovendo. Para ver a aurora, além de altas latitudes é necessário céu limpo, sem nuvens, já que a atividade solar está acima das nuvens. Também é necessários se afastar de qualquer poluição luminosa, por isso o mais longe de cidades, melhor. Essa noite, deveríamos ter céu limpo. Então, depois de relaxar na jacuzzi, decidimos dirigir até uma região com boas chances de vê-la. Recomendo usar o site Icelandic Met Office.
Dirigimos cerca de 40 km, procurando um lugar (bem) afastado e sem nuvens. Por mais estranho que pareça, a noite escurecia bem mais tarde do que os aplicativos de tempo diziam. Decidimos retornar por volta da meia noite, depois de quase 2h esperando. Porém, durante a metade do caminho de volta, a Rocio a viu. Estacionei o carro em um lugar longe da estrada principal e, nesse momento, vi o fenômeno natural mais incrível da minha vida! Eu já tinha assistido à aurora no Norte da Finlândia, mas essa foi muito mais forte. Vimos a aurora boreal nas cores verde, azul, roxa e branca. Em um momento, ela ficou gigante e branca e começou a dançar. Minha irmã é uma ótima fotógrafa, além de ter uma boa câmera, e tirou várias fotos. De qualquer forma, mesmo assim, eu digo que as fotos não fazem jus ao que vimos. Realmente, inacreditável! Só vendo para entender a nossa alegria, gritando como crianças no meio do nada!
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A incrível aurora |
Outra foto incrível da aurora |
Dormimos após passar por essa experiência incrível e despertamos para o nosso último dia completo pela Islândia. Se tivéssemos um dia a mais, eu gostaria ter ido à região mais Noroeste da Islândia, chamada Vestfirðir (Fiordes do Oeste), que como o próprio nome diz, tem vários fiordes. Mas, devido ao tempo curto e por já ter visto os fiordes no Leste do país, fomos à península de Snæfellsnes. Passamos por vários lugares interessantes, como cachoeiras congeladas e fizemos algumas trilhas. Os lugares que mais gostei, foram o farol de Stykkishólmur e a trilha de 2,5 km entre Hellnar e Arnarstapi, com muitos despenhadeiros à beira mar. Tentamos ir à geleira Snæfellsjökull, mas a estrada estava fechada. Essa geleira é conhecida, pois foi mencionada por Julio Verne no livro A Viagem ao Centro da Terra. Entramos, brevemente, em Snaefellsjoekull National Park, mas já era hora de seguir viagem à Reykjavík, já que tínhamos o voo de volta, no dia seguinte, bem cedinho.
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Igreja em Saudárkrokur |
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Paisagem da trilha entre Hellnar e Arnarstapi |
Essa viagem pela Islândia foi incrível e adorei o país. Sem dúvida irei voltar! A natureza é impressionante e eu que adoro tudo relativo a frio e neve, me senti no paraíso. Até a próxima, Islândia!
Islândia - Final