segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Cheguei à Kuala Lumpur e desde o aeroporto já deu pra ver que a cidade destoa do clima mais rústico e tranquilo dos lugares onde havia passado anteriormente pelo sudeste da Ásia. A cidade é bem moderna! O aeroporto fica bem afastado e o ônibus levou mais ou menos uma hora para chegar ao centro. Estava em construção uma linha expressa de trem que ligaria o aeroporto ao centro mas ainda não estava pronta. Fiquei em um albergue próximo a estação KL Sentral chamado Reggae Nation, que foi sugerido por uma amiga. Como tinha perdido o celular, não fiz reserva e chegando lá apesar de haver disponibilidade, teria que mudar de quarto praticamente todos os dias. Aliás, um dos meus planos na Malásia era comprar um celular novo já que o meu havia sido roubado (veja postagem anterior). A Malásia é um país bem barato para comprar eletrônicos com preços algumas vezes mais baixos até do que os EUA. Outra coisa bem legal que achei era a tolerância religiosa. Apesar da maioria da população ser muçulmana, também há muitos budistas, cristãos e hindus vivendo pacificamente por lá.

No primeiro dia pela cidade aproveitei para conhecer o seu cartão postal, as torres gêmeas KL Towers, que já foram as mais altas do mundo. Também aproveitei para comprar uma passagem de ônibus para ir a um parque que fica em uma ilha ao norte do país chamado Langkawi. A área ao redor de KL Towers é bem comercial, com muitos escritórios de empresas multinacionais e centros comerciais. Aproveitei pra tomar um café pela região e dar uma olhada no facebook. Imagino que o facebook tenha alguma ligação com o belzebu pois me mostrou o status de um amigo que eu não via fazia muito tempo e pasmém! Ele estava em Kuala Lumpur. O escrevi perguntando se ele estava online e ele me respondeu em 2 minutos que sim. E ainda por cima me disse que estava morando em Kuala Lumpur, em um apartamento a duas quadras do café aonde eu estava e que justo nesse dia ele estava de folga por ter conseguido uma promoção e queria sair a comemorar! Mais coincidência impossível! Fui ao seu apartamento e começamos a tomar umas cervejas esperando um grupo de amigos dele que se juntariam a nós. Cerveja vai, cerveja vem e seguimos a um bar e depois a uma balada por Kuala Lumpur.



Com KL Towers ao fundo
KL durante à noite

Acordei com uma ressaca danada e teria que correr para ir a rodoviária para subir no ônibus para ir à Langkawi. Mas acontece que juntou a ressaca com uma dor no corpo que eu já tinha faz alguns dias. Ponderei bastante e pareceu melhor não ir ao parque. Eu raramente fico doente, e se me senti mal é porque realmente havia algo muito ruim. Suspeitava de uma intoxicação alimentar no último dia no Vietnã. Acabei aproveitando os dois últimos dias na Malásia bem relax: descansando no albergue, caminhando pela cidade, passeando pelas feiras e mercados e pensando em como seguir a viagem dali em diante visto que em uma semana teria que estar de volta em Bangkok para voltar à casa. Acabei não fazendo alguns programas obrigatórios como it à Batu Caves por exemplo. Mas nem me preocupei muito porque Kuala Lumpur é tão legal que tive certeza que voltaria.

Meu plano inicial era voltar à Bangkok por terra passando por algumas praias mas decidi verificar os preços das passagens de avião pra ver se encontrava algum desconto de último minuto mas aparentemente todos os voos estava lotados. Decidi ir a uma agência de viagem próxima ao albergue perguntar e o funcionário me explicou que era um feriado chamado Merdeka (que nome incrível) em que eles comemoram a independência da Inglaterra. Mas me disse que havia uma linha aérea com passagens muito baratas à Phuket na Tailândia. Somente havia um contratempo: essa empresa não podia vender passagens nos sites de busca por não cumprir com algumas condições obrigatórias da Europa e EUA. O vendedor sugeriu que as tais condições se referiam a segurança mas não sei se por não ser muito bom com o inglês ou a propósito, ele não foi muito conclusivo. Hahahahahaha! Decidi não perguntar mais e arrisquei! Comprei a passagem e no dia seguinte voei a Phuket.



Quarto compartilhado do Reggae Nation em Kuala Lumpur
O incrível litoral Tailandês

Meu plano era apenas pernoitar em Phuket e seguir a alguma ilha próxima. Por conta disso acabei ficando em um albergue próximo ao píer de onde saíam os barcos. Peguei uma van no aeroporto que levava muita gente a distintos hotéis mas saía bem mais barato do que o táxi que cobrava uma fortuna. Caminhei um pouco pela cidade e não me pareceu muito interessante. Havia muita prostituição com garotas claramente menores de idade e um monte de jovens e tiozões bebaços. Decidi tomar um barco no dia seguinte cedo e parti à Koh Phi Phi. A ilha ficou famosa porque o filme "A Praia" foi gravado por ali. A viagem de barco foi bem tranquila. Levou 2 horas e custou U$9.

O que sempre digo às pessoas que nunca viajaram sozinhas é que viajar sozinho é o mais fácil pra se fazer amizade, mas já faziam alguns dias que não conhecia ninguém já que tinha ficado doente em Kuala Lumpur. Chegando a Koh Phi Phi, após fazer o check-in fui à praia e escutei dois brasileiros conversando. Logo fizemos amizade e estávamos fazendo umas trilhas pela ilha. Os dois estavam viajando fazia muito mais tempo do que eu e conversamos bastante. Foram os únicos brasileiros que conheci em toda a viagem e aproveitei pra matar a saudade do português.



Placa avisando que há risco de tsunami
Pôr do sol
Pessoal reunido para ver o pôr do sol (sem aplaudir)
A incrível ilha de Koh Phi Phi

Koh Phi Phi é realmente uma ilha incrível. Há muito lugar para mergulhar, caminhar ou simplesmente pra ficar jogado na praia. Talvez por isso a ilha estava cheia de turistas europeus quando o tsunami a arrasou em 2004. Mas a cidade foi reconstruída e a única coisa que te faz lembrar a tragédia são as placas indicando rotas de fuga em caso de tsunami.

A noite da ilha é bem agitada, como praticamente em todas as praias turísticas tailandesas. Saí bastante com os brasileiros mas nós três estávamos com o orçamento já meio comprometido e acabamos não nos estendendo muito nas noitadas. Pra sobrar um pouquinho pras cervejas acabamos comendo muito Pad Thai que era o mais barato que havia!


Pouco tempo depois tive que voltar à Phuket para seguir à Bangkok. A viagem de ônibus foi longa mas tranquila. Acabei ficando uma noite no mesmo albergue We Bangkok, onde havia começado a viagem umas semanas antes, já que meu voo de volta saía bem cedinho. Bateu uma nostalgia e me lembrei de meu primeiro dia por lá, fazendo amizade com o pessoal sem a mínima idéia do que faria nos dias seguintes.


O sudeste asiático é uma região incrível! Bem segura, barata e fácil de viajar. Provavelmente por isso é tão comum ver muitas mulheres viajando em grupo e até sozinhas. Muitas belezas naturais e perfeito pra quem gosta de tudo que um paraíso tropical tem a oferecer. Essa viagem foi bem corrida, passando por quatro países mas conhecendo muito pouco de cada um. Deixou água na boca e jurei que teria que voltar pra conhecer um pouco mais desses países e também para conhecer os outros, como Singapura, Indonésia e Filipinas. E essa viagem ficará sempre marcada pra mim porque viajar sozinho abriu muito a minha cabeça. Como já havia mencionado, viajando sozinho eu poucas vezes me senti realmente sozinho. Conheci muita gente interessante e no final das contas descobri que eu faço amizade mais fácil do que eu imaginava. E claro, ficaram também várias lições que eu usaria em todas as viagens futuras.


Sudeste Asiático - FINAL

Populares

Seguidores

Total de visualizações de página