quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Puerto Madryn é uma cidade localizada na Patagônia Argentina na província de Chubut. Olhando o mapa argentino começando pelo sul, Chubut é a terceira província, após Tierra del Fuego e Santa Cruz. Aproveitando que na época eu morava em Santa Cruz, decidi conhecer Puerto Madryn. A cidade é bem conhecida na Argentina e no exterior por conta do turismo. Inclusive nos passeios que fiz por lá, apesar da maioria dos turistas serem locais, havia gente de todos os lugares do mundo. E o que essa gente vai fazer em Puerto Madryn?


Um Pinguim de Magalhães bem patriótico com a bandeira azul celeste ao fundo

Para os amantes da natureza e da aventura, Puerto Madryn é um prato cheio. Madryn, como é chamada por lá, é a cidade argentina do mergulho, principalmente para os corajosos que se aventuram a entrar nas águas frias com os lobos marinhos. Bem pertinho, a Península Valdez se projeta do continente e acaba criando uma enseada de águas bem tranquilas chamada Golfo Nuevo, onde grupos de Baleias Franco Austral migram para se reproduzir de julho a dezembro. Há também uma gigantesca colônia de pinguins chamada Punta Tombo que durante a primavera e o verão concentra milhares de Pinguins de Magalhães.


E como se mergulho, leões marinhos, elefantes marinhos, baleias e pinguins não fossem suficientes, a cidade também merece ser aproveitada. A praia é a típica patagônica, com água fria, pedras e água mais escura, mas nem por isso deve ser evitada. Durante o verão, que pode ser quente, vale a pena entrar para se refrescar. E como estamos na Patagônia, terra dos ventos, há bastante kite surf. Há também uma grande oferta de restaurantes com muitos frutos do mar e claro, churrasco, afinal de contas é a Argentina. Minha recomendação para comer frutos do mar é a Cantina El Náutico



Museu em Punta Tombo

E a viagem não nos decepcionou! A Rocio e eu ficamos no hotel Costanera, que é simples e está bem localizado, na principal avenida da cidade, a Costanera, que em português seria beira-mar. Há várias estátuas na cidade homenageando os galeses, que foram os fundadores da cidade. Aproveitamos nossos quatro dias por lá pra conhecer:


Punta Tombo - É o que os argentinos chamam de pinguinera, uma colônia de pinguins. Está há quase 200 km de Madryn em direção ao sul. O lugar conta com um museu que fala um pouco desses bichinhos e também da região. Apesar de o museu ser interessante, todo mundo vai pra lá pra ver os pinguins! E logo quando saí do museu e comecei a caminhar pelo percurso demarcado, vi um paradinho na minha frente! Me surpreendi e pensei que era um boneco, de tão estático que ele estava. Quando se mexeu eu até me assustei! Os bichinhos são super simpáticos mas o problema é que eles cagam por todo lado. A terra fica branca e você logo descobre a razão!



Punta Tombo
Um Pinguim de Magalhães. Sabe o que é essa cor branca?

Puerto Pirámides - Fica na Pensínsula Valdez que está há 100 km de Madryn na direção norte. Os passeios são reservados desde Madryn e contam com o trajeto em ônibus ou van e com os barcos para fazer o avistamento de baleias. Fui em Novembro e vimos mais de 20 Baleias Franco Austral e uma Orca. Muitas chegavam muito perto dos barcos. Tão perto que eu devo admitir que até fiquei preocupado algumas vezes! Infelizmente não consegui tirar a clássica foto da baleia com a cauda fora d'água porque as poucas vezes que aconteceu foi tão rápido que não deu tempo de tirar a foto!



Uma mãe e seu filhote
Baleia Franco-Austral pertinho do barco

Punta Ninfas - Essa colônia de leões e elefantes marinhos está há 80 km ao sul de Madryn e os leões e elefantes podem ser avistados bem de pertinho. Há várias outras "loberias" pela região como Punta Lomo e Punta Delgada. Não me chamou tanto a atenção pois onde eu morava, em Caleta Olivia em Santa Cruz, também havia uma colônia menor porém há apenas 5 km de minha casa. Aproveitamos para tirar várias fotos.



Leões Marinhos curtindo uma preguiça
O casal com os Leões Marinhos ao fundo

Mergulho com lobos marinhos - Acabamos não mergulhando e nem fazendo a flutuação porque na época eu não fazia mergulho e a Rocio já havia feito a flutuação antes. Mas vários amigos fizeram e além de adorar me mostraram vídeos incríveis. A Rocio aliás super recomenda a flutuação, quando nadou com vários lobos que passavam a seu lado como foguetes doidos para brincar. São super curiosos e adoram brincar na superfície, por isso inclusive recomenda o snorkel ao invés do cilindro. Farei quando voltar!



Rocio fazendo snorkel com o Lobo Marinho

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Cheguei à Kuala Lumpur e desde o aeroporto já deu pra ver que a cidade destoa do clima mais rústico e tranquilo dos lugares onde havia passado anteriormente pelo sudeste da Ásia. A cidade é bem moderna! O aeroporto fica bem afastado e o ônibus levou mais ou menos uma hora para chegar ao centro. Estava em construção uma linha expressa de trem que ligaria o aeroporto ao centro mas ainda não estava pronta. Fiquei em um albergue próximo a estação KL Sentral chamado Reggae Nation, que foi sugerido por uma amiga. Como tinha perdido o celular, não fiz reserva e chegando lá apesar de haver disponibilidade, teria que mudar de quarto praticamente todos os dias. Aliás, um dos meus planos na Malásia era comprar um celular novo já que o meu havia sido roubado (veja postagem anterior). A Malásia é um país bem barato para comprar eletrônicos com preços algumas vezes mais baixos até do que os EUA. Outra coisa bem legal que achei era a tolerância religiosa. Apesar da maioria da população ser muçulmana, também há muitos budistas, cristãos e hindus vivendo pacificamente por lá.

No primeiro dia pela cidade aproveitei para conhecer o seu cartão postal, as torres gêmeas KL Towers, que já foram as mais altas do mundo. Também aproveitei para comprar uma passagem de ônibus para ir a um parque que fica em uma ilha ao norte do país chamado Langkawi. A área ao redor de KL Towers é bem comercial, com muitos escritórios de empresas multinacionais e centros comerciais. Aproveitei pra tomar um café pela região e dar uma olhada no facebook. Imagino que o facebook tenha alguma ligação com o belzebu pois me mostrou o status de um amigo que eu não via fazia muito tempo e pasmém! Ele estava em Kuala Lumpur. O escrevi perguntando se ele estava online e ele me respondeu em 2 minutos que sim. E ainda por cima me disse que estava morando em Kuala Lumpur, em um apartamento a duas quadras do café aonde eu estava e que justo nesse dia ele estava de folga por ter conseguido uma promoção e queria sair a comemorar! Mais coincidência impossível! Fui ao seu apartamento e começamos a tomar umas cervejas esperando um grupo de amigos dele que se juntariam a nós. Cerveja vai, cerveja vem e seguimos a um bar e depois a uma balada por Kuala Lumpur.



Com KL Towers ao fundo

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Como havia dito antes, eu não tinha muita idéia do que fazer pelo Camboja além de conhecer Angkor Wat, até que uma das pessoas que conheci no albergue em Bangkok me disse para ir à Sihanoukville ao sudoeste. Me disse que a praia tem muito clima de festa e que em algumas ilhas próximas há algas com bioluminescência que pode ser vista se você pernoitar em uma das ilhas. Achei surreal a idéia de bioluminescência no mar, nunca havia escutado nada parecido. E nesse momento decidi tentar encaixar essa cidade no roteiro. E não é que uma semana depois, lá estava eu em um ônibus saindo de Phnom Penh com destino à Sihanoukville.


Típico barco do litoral do Camboja

sábado, 11 de agosto de 2012

Havia combinado de viajar com o mesmo amigo com quem havia ido à Venezuela. O plano agora era seguir ao sudeste asiático. Mas por razões de trabalho ele não conseguia confirmar. Pra não dar bobeira eu decidi comprar a passagem enquanto ele ficava na indefinição, aproveitando o preço mais em conta da compra antecipada. E poucos dias antes da ida ele disse que não poderia ir. Eu estava com a passagem na mão e fiquei pensando no que fazer. Havia feito uma viagem sozinho uma vez, mas que durou uns 10 dias e pelo Brasil. Mas e agora, como seria um mês inteiro sozinho pela Ásia? Pensei um pouco e acabei indo. Pensei que sempre tentar marcar uma viagem junto com algum amigo seria difícil e inevitavelmente um dia teria que viajar sozinho. E essa foi uma das melhores coisas que já fiz na vida! Aconteceram muitas coisas legais e também muitas presepadas, mas que no final das contas acabam servindo de lição e virando história para contar.

O planejamento da viagem envolveu apenas comprar a passagem de ida-e-volta à Bangkok, reservar o primeiro albergue e descobrir como chegar lá desde o aeroporto. Nada mais! Não tinha muita idéia de onde gostaria de ir e acabei decidindo o roteiro de acordo com as dicas do pessoal que conheci pela viagem. Essa aliás, é uma das vantagens de viajar sozinho. Você decide o que fazer de acordo com seu humor.


Saí de Goiânia com destino à Bangkok. Fiz escalas em São Paulo e em Amsterdã e dois dias depois lá estava eu. O metrô conecta o aeroporto ao centro da cidade e sem nenhuma dor de cabeça cheguei ao albergue que havia reservado, chamado We Bangkok. A diferença de fuso e o cansaço do voo me matou e o primeiro dia foi bem tranquilo. O albergue era bem legal e acabei ficando por lá mesmo. Havia uma área comum com algumas mesas que ficavam do lado de fora do albergue. A rua era bem tranquila, sem movimento, e com um 7-Eleven a poucos metros. Acabei comprando umas cervejas e comendo por lá mesmo batendo papo com o pessoal.



O famoso ping-pong show

domingo, 4 de março de 2012

Decidi aproveitar uma folga meio que inesperada para viajar com um amigo ao Uruguai. Eu estava no sul da Argentina e peguei um voo para Buenos Aires aonde o encontraria. O plano era no mesmo dia comprar a passagem de barco desde Buenos Aires até Colonia del Sacramento mas infelizmente meu voo atrasou muito e acabei chegando em Buenos Aires à noite. Como não haviam mais barcos nesse horário decidimos atrasar a viagem para o dia seguinte. E fomos obrigados à aproveitar a noite em Buenos Aires... Enquanto tomávamos umas cervejas em Palermo nos entregaram uns flyers de uma boate chamada Hype. Acabamos indo sem muita expectativa pensando em tomar um fernet, que é o drink tradicional dos argentinos, e voltar ao albergue que havíamos reservado. Fernet vai, fernet vem e acabamos chegando ao albergue de manhã! Dormimos umas duas horas, tomamos café no albergue (e descobrimos que era um só com hóspedes de Israel) e seguimos ao terminal aonde saem os barcos, chamados Buque Bus. Dica para quem planeja usar esse serviço: compre a passagem com antecedência! Nós compramos na hora da viagem e pagamos muito mais caro do que o pessoal que comprou antecipado. E outra maneira de economizar é se tiver tempo viajar de barco até Colônia e depois seguir de ônibus até Montevidéu.

O barco demorou mais ou menos 1 hora de Buenos Aires à Colonia e como só teríamos um dia pra conhecer a cidade fizemos o check in rapidamente, deixamos as mochilas, e fomos conhecer o centro histórico da cidade. Colônia me fez lembrar muito as cidades históricas de Goiás, como Pirenópolis, com suas ruas calçadas com pedra e edifícios históricos. E o legal é que a cidade conseguiu manter essa atmosfera histórica e seu charme intacto. A cidade já pertenceu muitas vezes em períodos alternados à Espanha e Portugal e traços da influência portuguesa são muito claros na arquitetura do centro histórico da cidade. E um fato curioso que aprendi por lá (acho que o dia dessa aula eu dormi na escola) é que o lado oriental do Uruguai, incluindo Colônia, já pertenceu ao Brasil por alguns anos e foi chamado de província Cisplatina.



Centro histórico de Colonia del Sacramento

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