domingo, 15 de outubro de 2017

"Há algo podre no reino da Dinamarca". Essa frase ficou conhecida por ter sido usada por Shakespeare em Hamlet, mas não poderia estar mais longe da descrição desse país escandinavo. A Dinamarca é, muitas vezes, eleita como o país mais feliz do mundo e durante o pouco mais de um ano que morei na capital, Copenhague, me acostumei a ver cenas que lembravam propaganda de margarina: casais passeando em bicicletas para duas pessoas, crianças de cinco anos indo e voltando da escola sozinhas no metrô, carrinhos de bebê tomando sol do lado de fora do restaurante enquanto as famílias almoçavam do lado de dentro. A palavra que melhor poderia descrever a Dinamarca na minha opinião é confiança. As pessoas confiam umas nas outras. Supermercados deixam gôndolas do lado de fora da loja, não há catracas ao entrar no transporte público, são comuns restaurantes onde você se serve e paga sem controle de funcionários. Quando aluguei a casa em que morei, conheci o dono pela internet e como ele estaria viajando durante a minha chegada, ele simplesmente deixou a casa aberta. E o mais impressionante: eu praticamente não via polícia nas ruas nesse que é um dos países mais seguros do mundo!


Nyhavn em Copenhague

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Viajando pela América do Sul acabei conhecendo muitos israelenses. O serviço militar no país é obrigatório: três anos para homens e dois para mulheres. E os jovens, com frequência, tiram um ano sabático após terminar o serviço militar. Muitos aproveitam esse período e vêm à América do Sul percorrer nosso continente. Inclusive já me hospedei em albergues pela região que no momento do check-in descobri que todos os hóspedes eram israelenses. O quê mais me chamou a atenção é que ao contrário dessa imagem de um país extremamente religioso, os jovens israelenses que conheci eram muito progressistas. Meu plano era conhecer esse Israel de extremos, que tanto havia chamado minha atenção.

Como - eu, minha irmã e minha esposa - estávamos na Jordânia, decidimos atravessar a fronteira por terra, vindo de Aqaba e entrado em Eilat, pela fronteira Yitzhak Rabin. Mas, como eu havia mencionado, havíamos passado algumas semanas no Irã, justamente antes de ir à Jordânia. E ainda na saída da Jordânia, que é um país muçulmano, fui questionado por ter um visto iraniano no passaporte. Jordânia e Irã são países muçulmanos, mas há uma grande diferença entre ambos. O Irã é xiita, enquanto a Jordânia é sunita. E como é de se imaginar, essas duas vertentes do islamismo não se dão bem! E como consequência, eu já sabia que atravessar essa fronteira com o tal carimbo iraniano no passaporte não seria nada fácil...



Templo do Monte da Rocha em Jerusalém

terça-feira, 26 de setembro de 2017

Após algumas semanas no Irã, voamos de Shiraz à Amman - capital da Jordânia - com escala em Dubai. O visto para entrar na Jordânia custa 40 JOD (dinar Jordaniano), cerca de U$56. Isso mesmo que você leu, 1 JOD vale mais do que U$1! O visto foi mais barato do que o Iraniano, mas ainda me pareceu bem caro. Praticamente todos os países pagam pelo visto, incluindo Brasil, Argentina e Europa. Já fazia bastante tempo que eu não tinha nenhum problema ao entrar em algum país, mas em Amman eu tive. A moça que estava na minha frente na imigração saiu chorando, o que já não era um bom sinal. Quando chegou a minha vez, ao pagar com cartão, aparecia a opção de dinar ou dólar. Eu pedia dinar, o oficial concordava comigo e cobrava em dólar. A desvantagem é que o câmbio deles era péssimo. Quando eu me ofereci para mostrá-lo como operar a máquina de cartão, ele bufou e me mandou embora gritando. Para evitar mais problemas, eu acabei pagando em dólar mesmo e ficando no prejuízo. Babacas existem em qualquer lugar do mundo!

Uma dica interessante para a Jordânia é o Jordan Pass, que quando descobri como funcionava, me arrependi muito por não tê-lo adquirido antes. Durante a fila da imigração eu vi que muitos estrangeiros não pagavam a taxa, eles apenas apresentavam o tal Jordan Pass. O Jordan Pass combina o visto de entrada na Jordânia e também a entrada às atrações mais conhecidas como: Petra, Wadi Rum, sítios arqueológicos e castelos. E a vantagem é que os descontos são muitos bons! Você irá economizar com o visto e a entrada à Petra, facilmente mais de U$30.



Monastério em Petra

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Após Teerã e Esfahan, seguimos à Yazd. Viajamos outra vez de ônibus, com o mesmo conforto e pagando barato, mais ou menos U$5. A única diferença foi que, dessa vez, viajamos durante o dia, pois a viagem era mais curta. Yazd tem esse nome devido às torres que recebem os ventos e os direcionam às casas abaixo, separando os ares frios e quentes. Só pela invenção, criada por lá, já dá pra imaginar como o lugar é quente! Chegamos ao final da tarde. Escolhemos um hotel, pelo mesmo site Seven Hostels, chamado Dalane Behesht, simples, mas muito bem-localizado.


Mesquita Jame em Yazd durante à noite

sábado, 16 de setembro de 2017

Poucos países no mundo têm uma imagem tão negativa quanto o Irã. Ao dizer a muitos amigos que eu estava de malas prontas para passar algumas semanas por lá, as reações variavam entre "por que você vai visitar esse país tão perigoso?" e "você é louco de ir com a sua esposa e sua irmã?". Não sou de acreditar cegamente no que escuto na mídia, mas penso que cada história, por mais esdrúxula que pareça, tem um pouco de verdade. Óbvio que ter sido escolhido como parte do eixo do mal pelo George W. Bush (junto com Iraque e Coreia do Norte) e também ter um presidente que dizia abertamente que o 11 de setembro era invenção dos yankees, não fez muito bem a sua imagem. Entretanto, era justamente esse país tão pouco contaminado pelo ocidente que eu gostaria de conhecer.

Brasileiros podem conseguir o visto para entrar ao Irã diretamente no aeroporto. O procedimento é, relativamente, simples, mas exige um pouco de planejamento. Você necessita um sponsor, que pode ser um hotel ou algum conhecido e ter também sua hospedagem reservada. O meu sponsor foi meu amigo Mohammad, que forneceu seus dados e eu os imprimi para mostrar na imigração. Meu visto custou 80€, o da Rocio e da Marina 70€. Além disso, é necessário um seguro médico que, caso você não tenha, pode ser comprado no aeroporto e nos custou 14€. Os dados do sponsor foram importantes porque a imigração realmente liga. Houve outros estrangeiros que o sponsor não atendeu, o que é até entendível visto que chegamos por volta das 3h da madrugada, e o guarda da imigração não autorizou a entrada até falar com ele. O cara foi meio intimidador, mas nada anormal. A Rocio, inclusive, ganhou uma rosa de boas vindas de uma funcionária.


Uma de várias mesquitas em Teerã

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Após ficarmos tão impressionados com São Petersburgo, era hora de seguir em direção à Moscou. Como são mais de 700 km de viagem, optamos por ir de trem, que é (bem) mais em conta que avião. O interessante é que olhando o mapa da Rússia, apesar do longo percurso, parece que você não viajou praticamente nada. A estatal russa de trens faz essa viagem e você pode escolher entre o trem rápido ou o normal. Escolhemos o rápido, que levou 3h30 e custou U$80. Eu fiz a compra no próprio site, com um mês de antecipação para conseguir esse preço. A viagem foi bem agradável, sem parada.


Catedral de São Basílio à noite


sábado, 9 de setembro de 2017

Continuando nossa epopeia que havia se iniciado ainda na Dinamarca, passando pela Polônia e pelos três países Bálticos (Lituânia, Letônia e Estônia), seguimos viagem com destino à Rússia. O nosso plano era viajar de ônibus desde Tallinn (na Estônia) até São Petersburgo, a antiga capital Russa e cidade natal do atual presidente, Vladimir Putin. Algo bem interessante para nós brasileiros é que já faz algum tempo que não necessitamos visto para entrar na Rússia, basta levar o passaporte. Já os vizinhos europeus e muitos outros necessitam visto, pois a Rússia aplica a regra da reciprocidade. A distância entre Tallinn e São Petersburgo é de 370 km, mas o tempo na fronteira é uma caixinha de surpresas. Por conta disso, decidimos sair cedo de Tallinn e não fazer nenhum plano para São Petersburgo nesse dia. Caso sobrassem algumas horas, nós aproveitaríamos para caminhar pela cidade.


Família reunida em São Petersburgo

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Após alguns dias em Cracóvia e outros em Varsóvia, já com a família completa, era hora de abandonar a Polônia e seguir até Vilnius, capital da Lituânia. Decidimos ir de ônibus, apesar de que talvez valha a pena o avião se você estiver disposto a desembolsar um pouco a mais. A viagem de ônibus leva cerca de 8 horas e um detalhe importante é que os ônibus não fazem o percurso mais curto, já que haveria que passar pela Bielorrússia e seria necessário visto. Já a fronteira entre Polônia e Lituânia não tem controle, pois a Polônia e os três países bálticos: Lituânia, Letônia e Estônia fazem parte da União Europeia. Há planos de integrar as redes férreas dos bálticos, mas ainda falta bastante pra se concretizar. Quando planejava a viagem, usei o site Travel the Baltics by Train-Bus-Ferry como referência e acabei optando por ônibus.Os bálticos facilitam ainda mais a vida do turista já que os três adotaram o Euro, ao contrário da Polônia. E voltando ao ônibus, escolhemos a empresa Lux e esse foi um dos melhores ônibus em que já viajei. O ônibus era novo, confortável, contava com wi-fi e telas individuais com uma biblioteca de filmes e séries. Sem contar que uma viagem de 8 horas custava 14€. Uma pechincha!

Noite começando em Vilnius

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Aproveitando que a Rocio e eu estávamos de mudança da Dinamarca, queríamos viajar com meus pais e minha irmã por algumas semanas antes de voltar ao Brasil. Meu pai e minha mãe ainda não tinham ido à Europa, o que nos fez pensar em um roteiro que agradasse a eles e também a nós. Queríamos fugir um pouco do mais comum. Não por achar que não vale a pena, pelo contrário. A razão era evitar passar por lugares que eu já conhecíamos e também ir a lugares mais baratos! Como a viagem seria mais longa, optamos ir a países mais em conta. Durante o planejamento, escolhemos os lugares que iríamos visitar e fizemos todas as reservas. Já que seríamos cinco, preferimos nos hospedar em airbnb para economizar e também por nos permitir cozinhar. E para se mover de um país a outro, optamos por ônibus e trem, compramos todas as passagens on-line com antecipação.

Minha mãe já estava comigo e com a Rocio em Copenhague e de lá voamos até Cracóvia na Polônia, ainda sem meu pai e minha irmã, que nos encontrariam alguns dias depois em Varsóvia. Nossa primeira impressão logo ao chegar à Polônia foi bem positiva. Os países do Leste Europeu têm fama de serem muito defasados em relação ao Oeste, mas nossos paradigmas haviam começado a mudar desde a Croácia e voltaram a se quebrar na Polônia. Pegamos o trem no aeroporto e descemos pertinho de nosso airbnb. Apesar de já ser por volta das 22h, a cidade pareceu bem segura, limpa e iluminada.

Castelo de Wawel

domingo, 13 de agosto de 2017

Apesar de pequena para padrões latino americanos, Malmö é a terceira maior cidade da Suécia com 300 mil habitantes. Desde o ano 2000, com o término da ponte Øresund, que liga Copenhague a Malmö, a cidade ficou bem mais acessível para quem quer conhecer um pouco da Suécia vindo da Dinamarca. A própria ponte é incrível, diga-se de passagem, combinando 8 km de ponte com mais 5 km de túnel e também rodovia e ferrovia. E como se não bastasse o fácil acesso, Malmö é uma cidade muito bonita e que vale a pena conhecer para quem tiver um dia de bobeira desde Copenhague ou passeando pelo sul da Suécia.


Banda de Malmö

sábado, 15 de julho de 2017

A razão por trás da escolha de Voss era passar um dia em alguma cidadezinha entre Gudvangen e Bergen, nosso próximo destino. Além disso, Voss é conhecida pela prática de esportes como o trekking, bicicleta e vários outros praticados no lago da cidade, o que acabou nos convencendo. Ao chegar, seguimos direto ao nosso albergue, Voss Vandrarheim da Hostelling International, caminhando desde a parada de ônibus. Durante a caminhada, já deu pra perceber que Voss está mais para vilarejo que para cidade e também que o clima não cooperaria para a prática de esporte algum. Caía uma chuva fina, que não dava sinais de trégua e, apesar de ser verão, a temperatura mal passava dos 10ºC. Aproveitamos o que sobrava do dia para caminhar pelo vilarejo e tirar fotos. Além do lago e da igrejinha, não havia muito para ver e ficamos pensando se realmente fizemos uma boa escolha passando esse dia por lá...


Voss

domingo, 9 de julho de 2017

Sempre tive vontade de conhecer a Noruega. Esse país recheado de geleiras, montanhas, lagos e fiordes me fascinou. O que acaba por afastar muitos turistas, e também a mim, são os altos preços noruegueses. Mas aproveitando que estávamos na Dinamarca e as passagens aéreas de baixo custo estavam bem convidativas, Rocio e eu decidimos ir. Para não pesar tanto no orçamento, decidimos nos hospedar em airbnbs enquanto estivéssemos nas cidades, e em camping enquanto estivéssemos nos parques. A ideia era estar em lugares com cozinha para não ir a restaurantes e tentar economizar aí.

O transporte entre cidades foi o mais caro da viagem e infelizmente não havia muito como escapar, sendo uma viagem curta. Não há competição entre empresas de ônibus ou trem. O trem é sempre da estatal NSB e os ônibus que cobriam nossos destinos eram todos da empresa NOR-WAY. Uma dica importantíssima é comprar tudo online e com antecipação. Os ônibus costumam oferecer desconto pela compra online. E quanto aos trens, a antecipação é ainda mais importante. Nós compramos um trecho com "apenas" um mês de antecipação e o preço saiu o dobro do que se tivéssemos comprado com três meses. Mas, pra quem conta com mais tempo, minha dica e alugar um motorhome. Entretanto, não serve muito pras cidades, pois fica difícil estacionar. Mas pra quem for focar na natureza, com o motorhome você estaciona e dorme onde bem entender e ainda cozinha no carro mesmo.


Ópera em Oslo

terça-feira, 23 de maio de 2017

Após a incrível Split, que nos rendeu alguns perrengues, seguimos à Hvar. Uma das atividades mais comuns na costa da Croácia é passear de ilha em ilha. Como nós já vínhamos de muitos lugares diferentes em poucos dias, decidimos eleger apenas uma ilha e fincar os pés lá por três dias. Escolhemos Hvar por ser a maior, com mais opções de hospedagem e um centro de mergulho. O barco de Split à Hvar custou 45 Kuna (6€) e o percurso dura mais ou menos uma e hora e meia. Pra quem quiser continuar com o carro, dá pra levá-lo na balsa, mas nós preferimos devolvê-lo em Split e dizer adeus à nossa banheira gigantesca. Só uma dica para quem decidir ir de carro de Split até Dubrovnik. Se você olhar direitinho pelo mapa verá que há um acesso da Bósnia ao mar. Eu não fazia nem ideia e acabei descobrindo ao planejar a viagem. Ou seja, não há como fazer o percurso Split - Dubrovnik de carro sem passar pela Bósnia o que te adiciona uma fronteira e consequentemente tempo extra de viagem.


Vista de Hvar

quinta-feira, 18 de maio de 2017

A Croácia tem figurado cada vez mais na lista de viajantes e mochileiros do mundo inteiro. Afinal de contas, o país combina parques repletos de cahoeiras com cidades históricas banhadas pelo Mar Adriático. E, ao contrária da vizinha Itália, você não precisa se endividar para passar algumas semanas por lá. Ao menos, não por enquanto... Apesar da proximidade geográfica e um passado em comum com a Itália, durante a história contemporânea, a Croácia fez parte da Iugoslávia, o que acabou por distanciar o desenvolvimento desses dois países. Mas em 1991, a Croácia declarou independência e começou a seguir seu próprio caminho.

E foi pra conferir tudo isso que a Rocio e eu voamos à Zagreb, capital da Croácia. O plano era chegar e alugar um carro. Queríamos passar apenas um dia pela cidade, já que nosso maior interesse era conhecer os parques e as cidades históricas. Antes de ir, planejamos bem a viagem e reservamos o carro. O preço foi muito convidativo - ainda mais lembrando que o aluguel de carro anterior havia sido na Islândia e nos custou mais ou menos 100€ por dia - na Croácia, o aluguel custou 20€ por dia (tudo bem que na Islândia o carro era melhor por conta do clima e também por sermos quatro pessoas, mas mesmo assim a diferença é surpreendente). 

Apesar da Croácia ter entrado na União Européia em 2013, sua moeda ainda não é o Euro, mas sim a Kuna. Após desembarcar no aeroporto de Zagreb, fomos procurar o carro reservado. Tínhamos alugado um UP, entretanto, como não havia disponível, nos entregaram um Astra Wagon automático, que era muito melhor (ao menos na minha opinião). Eu fiquei contentíssimo, mas a Rocio se preocupou pelo fato do carro ser gigante e como éramos dois, não necessitávamos todo aquele espaço. Mais pra frente, eu veria que ela tinha razão...


Por Zagreb

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Após incontáveis Guinness pela Irlanda era hora de seguir viagem à Londres. Como voamos Ryanair, chegamos em Gatwick, que está longe do centro da cidade se comparado com os aeroportos de Heatrow ou London City. Felizmente, há trem que leva ao centro e de lá há metrô para qualquer lugar da cidade. O metrô, de Londres, diga-se de passagem, apesar de razoavelmente velho é incrível, cobrindo toda a cidade. Não há melhor maneira de se locomover por Londres do que o "Tube", como se diz por lá. Além disso, o transporte é todo integrado. Com o seu Oyster Card carregado você pode usar os trens, metrôs, ônibus e até barcos do transporte público. Mas, voltando à chegada, há trens rápidos e normais que te levam de Gatwick ao centro. Sem saber, subimos no primeiro, que por sorte ou azar era um trem lento. Digo sorte porque os lentos são mais baratos, e azar por demorar mais.


Nos hospedamos em um albergue chamado No. 8 no bairro de Willisden. Se você olhar no mapa verá que o bairro é afastado. Mas como disse acima, o metrô conecta toda a cidade. Se você não for tão mão de vaca e não quiser economizar tanto em hospedagem - diferente de mim - vale a pena pagar um pouco mais e ficar em um lugar próximo do centro da cidade.


Com London Eye ao fundo

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Sempre tive vontade de conhecer a Inglaterra. Já havia escutado tanta gente dizer que Londres era uma das cidade mais legais do mundo, inclusive minha esposa, que eu tive que conferir. Eu e minha esposa aproveitamos um folga e decidimos ir desde Copenhage. A ideia era também ir à Dublin, aproveitando a proximidade entre as duas cidades.

Chegamos à Dublin debaixo da chuva. É até meio clichê, pois a cidade, assim como Londres, é conhecida por chover com muita frequência. Raramente tenho dor de cabeça na imigração, mas em Dublin, apesar de não ter sido complicado, tive de responder mais perguntas que o normal. Imagino que seja pela incrível quantidade de brasileiros que há na cidade. O transporte público é bem eficiente e, apesar de não haver trem que vai do aeroporto ao centro, há um ônibus chamado Airlink que faz esse itinerário. A passagem custa €6 ida ou €10 ida-e-volta.


Rocio em frente ao The Temple Bar

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Acordamos e seguimos viagem em direção ao vulcão Krafla para fazer uma trilha. No caminho, passamos pela estação geradora de energia geotermal. Durante a subida, havia uma van na nossa frente, que não conseguiu subir devido à neve e ao gelo e começou a descer, lentamente, vindo em nossa direção. Fiquei um pouco preocupado e comecei a descer em marcha ré e tentando sair da direção. O motorista, rapidamente, resolveu o problema, mas acabamos ficando preocupados. Decidimos estacionar o carro em um lugar próximo e terminar a subida caminhando.


Trilha para o vulcão Hverfell, passando por Dimmuborgir

domingo, 16 de abril de 2017

Após passar pelo Cânion Fjaðrárgljúfur, seguimos ao hotel. O problema que tivemos ao fazer a próxima reserva é que o plano para os dias seguintes era conhecer o parque Vatnajökull, porém não há muitas hospedagens nas redondezas, o que acaba subindo os preços. Acabamos ficando na Skálafell Guesthouse. A pousada era bem legal, com cabanas de madeira e café da manhã incluído. O único problema era que estava a mais ou menos 90 km depois do parque, com isso, no dia seguinte teríamos de dirigir toda essa distância voltando! Mas, as opções mais próximas custavam uma fortuna. O legal era que o caminho tinha paisagens incríveis, cheias de geleiras.

Na geleira Vatnajökull


terça-feira, 11 de abril de 2017

Sempre tive muito fascínio pela Islândia. Desde criança, me lembro de ler a (finada) revista "Os Caminhos da Terra" com incríveis reportagens sobre esse país tão exótico. Revista essa que junto com as histórias que sempre escutava de quando meu pai viveu na Amazônia foram as maiores responsáveis por meu amor por viajar. 

Aproveitando que estou vivendo na Dinamarca, decidi realizar um de meus sonhos e viajar para a terra do gelo! Compramos passagens por uma linha aérea de baixo custo, chamada Wow, e fomos em frente. Enquanto comparava preços de passagem, descobri, inclusive, que a linha aérea de bandeira da Islândia, a Icelandair, voa desde a América do Norte à Europa fazendo escala em Reykjavik. O legal disso é que você pode passar alguns dias pela Islândia durante essa "escala", pagando o mesmo preço do voo direto da América do Norte à Europa. E falando da Dinamarca, a Islândia fez parte da coroa dinamarquesa até 1944, não muito tempo atrás. As línguas dinamarquesa e islandesa são, até mesmo, razoavelmente parecidas.


A Islândia foi um dos países que mais sofreu com a crise de 2008, apesar disso não ter ganhado muito destaque na mídia internacional. A maior razão, imagino eu, é a sua minúscula população que mal chega a 500 mil pessoas. Mas, hoje a crise já está vencida, sendo o turismo, inclusive, um dos motores da recuperação.


Como o país não está na União Européia, e nem usa o Euro, eles puderam desvalorizar a coroa islandesa e potencializar as suas exportações. Antes da crise, o país era meio que um paraíso para investidores europeus, principalmente ingleses, que encontravam por lá melhores retornos que em seu país natal. Mas, para vencer a crise que gerou quebradeira dos bancos nacionais, o país decidiu ressarcir apenas os investidores nacionais, os ingleses ficaram a ver navios. Em troca, os ingleses prometeram barrar a entrada da Islândia na União Européia. E vejam como o mundo dá voltas! Hoje, é a Inglaterra que está saindo da União Européia e a Islândia, que havia pleiteado sua entrada no, grupo não parece muito preocupada com isso. 



O esquadrão reunido - Eu, Rocio, Marina e Gabriela - no Cânion Fjaðrárgljúfur

terça-feira, 21 de março de 2017

A Lapônia é conhecida no Brasil como um lugar muito frio no norte da Europa e também como a terra do Papai Noel. E os brasileiros não estão enganados. A Lapônia é bem fria, e a mais famosa casa do Papai Noel (ou Joulupukki, como se diz por lá) fica em Rovaniemi, na Finlândia. Mas a Lapônia não cobre apenas esse país. Na verdade, além da Finlândia, ela ocupa o norte da Noruega e da Suécia. O povo indígena da região se chama Sami. Suas roupas e arquitetura são bem típicas, como se pode ver na foto abaixo. A temperatura da região raramente supera os 15°C no verão e durante o inverno pode chegar aos -50°C. Durante o inverno, o sol não aparece por vários dias, de acordo com a latitude. E o contrário acontece no verão, quando o sol passa vários dias sem sair do horizonte, fenômeno conhecido como sol da meia-noite. Em Saariselkä esses fenômenos duram exatos 40 dias.

Outro fenômeno ainda mais interessante na região é a aurora boreal, que pode ser avistada durante os meses de inverno. Durante essa estação, a aurora pode ser vista quase todas as noites, caso o céu não esteja nublado. E essa é a complicação pois dias e noites nubladas e com muita neve caindo são a maioria durante o inverno por lá. E com o desejo de ver a aurora, eu e a Rocio decidimos passar uma semana por lá.



Caminhando pela cidade

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