sexta-feira, 10 de abril de 2015

Chegamos à Porto (ou Oporto em inglês) e decidimos dar uma volta pela cidade, lógico. O hostel ficava próximo da Torre dos Clérigos, que já foi o ponto mais alto da cidade, e nos serviu de orientação pra percorrer o centro da cidade. Porto era mais charmosa do que Lisboa, mais arborizada e usava a orla do rio Douro melhor do que Lisboa usa a do rio Tejo.

Nas paredes do centro histórico se pode ver a famosa tradição dos azulejos portugueses aonde predomina a cor azul. Destaque para o mural da estação de trem. Aproveitamos para terminar o dia comendo Tapas. Eu pensava que isso era uma tradição Espanhola mas acabei descobrindo que é uma tradição Ibérica mesmo. Aliás, Espanha e Portugal competem pra ver quem tem o melhor jamon (presunto). Pra quem não sabe Tapas são pequenas porções de muitos tipos de comida como presunto, queijo, azeitonas, arroz e tudo o que você imaginar. Se você encontrar algum lugar não muito caro dá pra provar muita coisa diferente e gastar o mesmo que você gastaria em uma refeição normal.


No dia seguinte acordamos e decidimos fazer o free walking tour. O guia era um português super gente boa e além de nos mostrar o centro histórico da cidade também nos contou bastante sobre a tradição dos vinhos do Porto. Vou confessar que fiquei um pouco decepcionado com o vinho do Porto por duas razões. A primeira porque são muito caros! Morando na argentina estou acostumado a comprar uma garrafa de vinho razoável por R$15 mas é impossível encontrar um vinho do Porto por menos de 30 euros (R$100!). No Brasil tomar vinho é caro por isso é algo que acabou ficando muito elitizado e em Porto é parecido. A segunda razão é que o vinho do Porto tem um gosto muito diferente. Por usar uma uva especial ele é misturado com aguardente o que o deixa com um gosto muito forte e teor alcoólico muito mais alto. Não se toma vinho do Porto como um vinho de mesa. Se toma mais como um digestivo depois da refeição… Nunca havia provado e por isso não sabia! Dei uma volta por umas bodegas e provei alguns. O legal é que é um vinho que envelhece de verdade  diferente de um vinho de mesa tradicional, coisa que que achava que era mito. Outro fato interessante sobre o vinho do Porto é que ele é na verdade produzido do outro lado do rio Douro, na cidade de Gaia e não em Porto.


Vista de Porto
Tonéis de vinho do Porto
                    
             Livraria em Porto
Barcelona
Camp Nou
 
Praia de Barceloneta
Fonte no bairro gótico em Barcelona

Porto foi bem legal e deu pra comprovar a cordialidade dos portugueses e aprender um pouco da cultura deles. No começo os achei meio fechados mas se você toma a iniciativa de puxar a conversa eles se soltam. Me pareceram (sei que você vai pensar que é por razões óbvias) o povo europeu mais parecido com o povo brasileiro. E eles conhecem muita mais nossa cultura do que nós a deles: assistem nossas novelas e escutam nossas músicas. Até funk carioca eles conhecem! Hehehehehe. Depois de alguns dias em Portugal seguimos à Espanha destino Barcelona!


Devo dizer que esperei muito de Barcelona. Tive muitos amigos que me disseram que era a melhor cidade do mundo pra fazer festa, cidade linda e tudo mais assim que a expectativa estava alta! Voamos desde Porto e chegando à Barcelona. Tomamos o metrô até o hostel e chegamos no fim do dia. Fizemos o check-in e já saímos a caminhar pelo bairro gótico e a orla.

No dia seguinte decidimos fazer outra vez um free walking tour. Em Portugal os turistas eram maioria europeus, mas em Barcelona a maioria eram latino americanos. O guia nos levou ao bairro gótico e as famosas Ramblas, nos mostrou umas obras de Miró que estão pelas ruas e deu muitas dicas de o que fazer na cidade. Durante a tarde seguimos suas dicas e caminhamos desde Barceloneta até a praia que dá pro Mediterrâneo.

Durante à noite fomos realizar um pequeno sonho que eu tinha: conhecer o Camp Nou! Goiano acostumado ao Serra Dourada logo fiquei espantado com o Estádio. Além do tamanho e da qualidade dos jogadores (me refiro a má qualidade dos jogadores do Vila Nova e não dos do Goiás, claro!) me surpreendi com a torcida que é muito educada. O pessoal só levantava das cadeiras por poucos segundos e nos momentos de gol. Ninguém xingava o juiz e o pessoal que faziam o policiamento não andava armado! Tudo bem que o rival Almeria não tinha quase nenhum torcedor no Camp Nou essa noite, mas no Serra até Goiás x Crac de Catalão envolve pelo menos 200 policiais armados de 12 e com sangue nos dentes.

Outra coisa que me surpreendeu em Barcelona foi o fato de a língua principal da população ser o catalão. Eu sempre achei que eles usavam como língua principal o espanhol e só os mais velhos se comunicavam em catalão. Mas na verdade eles só usam espanhol pra se comunicar com os turistas. No Camp Nou o narrador falava em catalão, os gritos de guerra eram em Catalão e etc. Resumindo eu cheguei lá achei que ia me amostrar (como se diz em Goiás) com “todo esse portunhol” mas não deu muito certo.

Portugal e Espanha - Parte 3

Populares

Seguidores

Total de visualizações de página