quarta-feira, 2 de abril de 2014

Após dias tão divertidos em Bali resolvi conhecer uma das ilhas mais conhecidas da região por sugestão do pessoal que conheci e todos me recomendaram Lombok ou Gili Trawagan. Apesar das duas opções serem paradisíacas acabei optando por Gili por parecer a mais indicada a jovens. Gili é na verdade o nome de 3 ilhas muito próximas: Gili Air, Gili Meno e Gili Trawagan sendo a última a mais movimentada. A viagem desde Bali até lá foi bem tranquila. Comprei a passagem de barco em Padang Bai e consegui um desconto comprando ida e volta por U$40 no barco rápido que leva mais ou menos 1:30 de viagem. Há também a opção do barco público que custa U$8 ida e volta mas demora mais ou menos 6h... No porto eram todos turistas e acabei puxando papo com um grupo de argentinos. Aquela briga normal em que um difamava Maradona e outro Pelé e 15min depois já havíamos até decidido procurar uma pousada juntos pra aliviar a conta!


Gili Trawagan
Vibe relax de Gili Trawagan

Gili Trawagan é uma ilha bem pequena e a economia é movida pelo turismo. Você pode percorrer toda a ilha em poucas horas. É tudo bem simples e acho que por isso mesmo faz tanto sucesso com os europeus. Não existe carro e eu escutei até que em algumas pousadas bem mais em conta não há nem água doce, apesar de não ter visto um lugar assim. Outra coisa legal da ilha é que não existe polícia. Se acontece algum crime se reune um conselho local pra decidir o que fazer. Na teoria parece interessante e o sonho de qualquer anarquista mas na prática acaba meio que legalizando o uso de drogas na ilha. Não se iluda, na Indonésia o tráfego de drogas é punido com pena de morte mas em Gilina ilha o tal conselho local fazia vista grossa.


A ilha tem muitas opções de bares, hotéis e restaurantes e de maneira geral com preços bem acessíveis. Acabamos encontrando uma pousada razoável e dividi quarto com 2 argentinos durante os 3 dias que fiquei por lá. Foram três dias muito tranquilos em que o que fazíamos era mergulhar ou percorrer a ilha de bicicleta durante o dia e procurar a festa da noite. Os mergulhos eram bem legais com direito a tartarugas, moréias e alguns tubarões de recife. E voltando ao tema das noites, laá pelas 17:00 os bares armavam umas fogueiras e o pessoal já começava a chegar. Mas a idéia não era ficar em um mesmo lugar mas passear de bar em bar procurando as ofertas cabulosas em determinados horários do tipo: drinks de tequila por U$1 às 20:00 no pub irlandês, Bintang por U$0,70 no bar X e assim seguíamos noite adentro. As festas seguiam misturando alguns poucos locais e uma grande maioria turistas europeus. E lá pela 02:00 da manhã o pessoal que havia se excedido um pouco mais já estava capotado na areia mas a festa seguia até às 05:00.



Com meus companheiros argentinos
Fogueira animando as noites de Gili Trawagan

Gili foi ótimo e recomendo à todos que queiram um pouco mais de agito. E após 3 dias por lá era hora de voltar. Meu plano era procurar um barco e esticar a viagem em direção ao leste até chegar em Flores e Komodo mas devido à alguns contratempos tive que adiantar o final da viagem. Não sei se algum de vocês já teve que alterar um voo internacional após já haver começado a viagem. Caso já o tenham feito sabem o quão complicado é. Havia comprado as passagen por Orbitz e após muito tempo ligando consegui alterar o voo pra regressar desde Yogyakarta alguns dias depois. A solução foi seguir de volta à Bali de barco e desde o aeroporto de Bali buscar um voo para Yogyakarta na ilha de Java, que é aonde fica também a capital Jakarta. Como a viagem de regresso começava dois depois saindo de Yogyakarta, ou como dizem os locais Yogya, decidi procurar o que fazer nesses últimos dois dias.


Pra quem não conhece Yogya é a cidade mais turística da ilha de Java com muitos templos pra conhecer, mas nem próxima da estrutura turística que tem Bali, por exemplo. Acabei ficando em um albergue chamado EDU que dentre as pouquíssimas opções era bem localizado. Acabei conhecendo um pessoal bem legal e seguimos juntos a explorar os templos e a culinária do local. Ainda não mencionei mas a Indonésia é um país de mais de 17000 ilhas! E muitas tem culturas tão diversas entre si que parecem até outros países. Bali por exemplo era católica enquanto Yogya seguia o islamismo. Mas apesar da maior parte da população praticar essa religião a cidade é conhecida pelo templo budista Borobudur e o hindu Prambanan além do vulcão Merapi. Tudo pode ser visitado no mesmo dia mas a minha recomendação é visitá-los em dois. Eu acabei me afobando e fechando um pacote com a agência do albergue que me levou aos dois templos e ao vulcão no mesmo dia mas foi bem cansativo e acabamos voltando ao albergue às 22:00 e como era um feriado já não havia mais lugares abertos pra comer. E fora esses atrativos não gostei muito da cidade que tinha uma atmosfera completamente distinta dos outros lugares que conheci na Indonésia.


Tartaruga em Gili
Borobudur
Pranbanan
Borobudur

Borobudur é o maior templo budista do mundo e foi construído no século IX. Por ser tão antigo o lugar passou por várias reformas ao longo dos séculos mas sem alterar as características do lugar. São vários andares com as paredes esculpidas com histórias budistas e muitas pagodas no último andar. Há também muitas estátuas de Buda e acabei aprendendo que a posição de suas mãos querem dizer algo, como por exemplo: benevolência, meditação, coragem e muitas outras coisas. Por azar o dia da visita coincidiu com um feriado local e o templo estava extremamente cheio sendo muitas vezes até difícil caminhar.


Prambanan também construído no século IX é o maior templo hindu da Indonésia. Parece até meio forçado imaginar que os dois monumentos são "o maior" e construídos no mesmo século e não confiei muito no meu guia. Mas cheguei ao albergue e a primeira coisa que fiz foi checar a informação na wikipedia que comprovou os fatos. As torres do templo podem ser avistadas desde longe e são gigantes. Há inúmeras estátuas de Brahma, Shiva, Ganesha, Krishna e inúmeros outros deuses hindus. Percorri o templo por mais ou menos duas horas e achei bem legal. Se você não conhece a cultura hindu vale a pena visitá-lo com um guia que te explicará o que é cada imagem já que há um significado em cada detalhe. Um fato engraçado era que como por alguma razão não haviam muitos turistas os locais me chamavam pra bater fotos com eles. Inclusive teve um pai que me chamou pra bater uma foto abraçado com sua filha...

Vulcão Merapi - por má sorte o vulcão estava em alerta de erupção e por isso não era permitida a subida até o topo aonde se pode ver a cratera do vulcão. Tive que me contentar com comer uns marshmallows que esquentamos em uns furos nas rochas por onde subia vapor d'água quente após uma longa viagem em um jeep. Foi o ponto baixo da viagem.
Após esses dois dias em Yogya era chegada a hora de terminar a viagem. Adorei conhecer a Indonésia e infelizmente contratempos fizeram com que o passeio fosse encerrado antes do previsto mas ficou a vontade voltar à Bali e seguir percorrendo as ilhas em direção ao leste. Fica pra próxima!

Singapura e Indonésia - FINAL

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