sábado, 6 de dezembro de 2014



Após LA, tinha planejado ir à Flórida encontrar uma amiga que não via fazia bastante tempo. Achei que seria a oportunidade perfeita para aproveitar e conhecer parte desse estado até então desconhecido pra mim e também de fugir um pouco do friozinho de meio de outono da Califórnia. Voei de LA à Miami e a encontrei no aeroporto de Miami. Nossa ideia era seguir à Key West, que é parte de um arquipélago no sul dos EUA. E quando digo sul, é no sentido literal mesmo. Key West é o ponto dos EUA mais próximo de Cuba, há apenas 150 km.

Bem pertinho de Cuba
Antes de seguir viagem, passamos por alguns lugares em Miami para eu comprar umas bugigangas que a família havia pedido. E logo nesse momento eu tive uma grande surpresa. Eu sabia que há uma comunidade hispânica bem grande em Miami, mas não sabia que ela era tão grande. Ao menos em Miami, o inglês me pareceu a terceira língua mais falada. A primeira de longe é o espanhol. E pra minha surpresa, a segunda é o português. Por todas as lojas que eu entrava os vendedores falavam espanhol e haviam também alguns turista brasileiros. Me surpreendi. Falei inglês com o vendedor de uma das lojas e fui tratado como gringo!

Principalmente durante a guerra fria, os EUA flexibilizou bastante a legislação de imigração para cubanos no que era chamado de "Wet feet, dry feet policy", o que na prática fazia com que todos os que conseguissem chegar lá, legalmente ou não, teriam cidadania. Hoje há mais de 2 milhões de cubanos e descendentes nos EUA. E o interessante é que essa população é em grande maioria contrária à qualquer política de amizade entre seu país e o tio Sam. O que eles querem mesmo é que o governo acabe implodindo, tremenda é a raiva que têm de seus governantes.

Após essa breve passagem por Miami, seguimos à Key West. O caminho é de mais ou menos 270 km e a paisagem é impressionante. Key West faz parte de um arquipélago chamado Keys, ou Cayo em espanhol, o que faz com que grande parte do caminho seja feito por pontes. A maior é chamada Seven Mile Bridge. Há na verdade duas pontes, uma mais moderna levando o tráfego de veículos e outra levando o de bicicletas e pedestres, sendo que muitos a aproveitam para pescar. A paisagem é formada por pequenas cidades costeiras da Flórida, com todo mundo de bermuda e bastante gente pescando em um clima bem informal. Essa atmosfera me lembra muito uma série de tv que eu adorei chamada Bloodline, que não à toa se passa em uma das ilhas do arquipélago chamada Islamorada.

Vista aérea da Seven Mile Bridge

Há muitos hotéis bem conceituados em Key West, mas acabei ficando em um bem mais simples, porém bem localizado. Aliás, o lugar é tão pequeno que é difícil ficar mal localizado. A principal avenida da cidade se chama Duval e é recheada de bares e boates bem legais. A cidade é bem turística e o consumo de álcool come solto. Os dias em Key West foram marcados por fazer algum passeio pela cidade durante o dia e depois aproveitar à noite em algum barzinho pela Duval Street. Alguns dos passeios que fiz foram:

Mergulho - Escutei que os maiores recifes de coral da América do Norte estão lá e como não poderia deixar de ser, aproveitei para conferir. Pena que por ser final de outono, a água estava um pouco fria. Mas apesar de tudo isso, não gostei muito da experiência e achei o mergulho bem mais ou menos. Primeiro porque meu mergulho anterior tinha sido na Indonésia, em lugares com natureza aquática muito mais exuberante. E segundo porque escolhi um péssimo centro de mergulho. Pra começar, eu esqueci a carteirinha com a certificação no hotel e se fosse buscá-la, não chegaria a tempo de pegar o barco. E o atendente do centro de mergulho foi bem mal-educado. Eu disse que poderia mostrar para ele minha identificação no site do PADI e sugeri digitar, visto que meu nome é latino e incomum por lá. Ele já foi mal-educado aí dizendo que cliente não passava para trás do balcão. Não entendeu meu nome, digitou algo errado e disse que não achou. Bem babaca mesmo. No final deu certo porém subi ao barco bem mal humorado e só no final do primeiro dos dois mergulhos que fiz o mal humor baixou.



Corais e vida marinha de Key West

Vacilei ao não comprar equipamentos de mergulho por lá. Há várias lojas gigantes com tudo o que você imaginar e por preços incríveis.

Casa do Ernest Hemingway - Nessa casa hoje praticamente tomada pelos gatos, que são descendentes dos originais que viveram com o prórpio Hemingway, o famoso escritor viveu com sua esposa Pauline durante as décadas de 20 e 30. Pela casa e também pelos bares da região, mais notadamente o ainda existente Sloppy Joe, o escritor escreveu parte de suas obras mais famosas, praticou pesca de alto-mar e bebeu quantidade homéricas de álcool.

Entrada da casa de Hemingway
Casa de Hemingway mobiliada

Southernmost Point "Ponto Mais Austral" - Ponto marcando a distância mais próxima entre os EUA e Cuba, com uma grande estátua.

Smallest Bar in the World - Exatamente o que o nome descreve. Um minúsculo bar de apenas 7 m2! E pelo mais idiota que possa parecer, era extremamente divertido ver a reação das pessoas e a festa que todos faziam nesse minúsculo bar.

The Smallest bar in the world!

Praias - Apesar de que a água poderia sem um pouco mais quentinha, a areia é branquíssima e as praias são muito limpas. Nos dias de sol, dá para perder horas por lá. Minha favorita foi Smathers Beach.

Smathers Beach

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